Existem diversos tipos de neuropatia periférica, com causas e sintomas variados. Indivíduos com essa condição podem apresentar formigamentos, sensação de choque, comprometimento motor, entre outras manifestações.
É importante consultar um neurologista para que o quadro seja avaliado individualmente, permitindo que o paciente receba o tratamento mais adequado para o seu caso.
O que é neuropatia periférica?
Neuropatia periférica é um termo amplo para descrever qualquer doença que afete os nervos periféricos.
Os nervos periféricos são como “cabos elétricos” que conectam o cérebro e a medula espinhal ao resto do corpo, transmitindo sinais motores, sensoriais e autonômicos. Isso significa que eles controlam os movimentos, transmitem sensações (como dor e temperatura) e regulam funções automáticas (como batimentos cardíacos e digestão).
O que causa neuropatia periférica?
As neuropatias periféricas podem ter causas variadas, incluindo:
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Abuso de álcool;
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Deficiências vitamínicas (particularmente de vitamina B12);
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Doenças autoimunes (como síndrome de Guillain-Barré e vasculites);
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Doenças genéticas (como polineuropatia amiloidótica familiar);
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Doenças inflamatórias (como polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica);
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Medicamentos (como algumas quimioterapias);
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Doenças infecciosas (como hanseníase);
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Compressão de nervos (como ocorre na síndrome do túnel do carpo).
Também há situações nas quais, mesmo após uma investigação satisfatória, não se encontra uma causa. Assim, diz-se que a neuropatia é idiopática – ou seja, cuja causa é desconhecida.
Quais são os sintomas de neuropatia periférica?
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Pessoas com alguma neuropatia periférica podem apresentar:
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Dormência e formigamento nas mãos e pés;
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Dor, queimação ou sensação de choque elétrico;
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Fraqueza muscular;
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Perda de coordenação e equilíbrio;
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Sensibilidade aumentada ao toque;
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Problemas com funções automáticas (como digestão e controle da bexiga).
Os sintomas vistos em cada paciente diferem de acordo com os nervos afetados, bem como a intensidade, que pode variar de leve a severa.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico das neuropatias periféricas é clínico, baseado nos sintomas, no histórico médico detalhado e no exame físico neurológico realizado em consultório.
Para identificar as causas subjacentes, podem ser solicitados exames de sangue e de imagem, além de procedimentos mais detalhados em casos específicos (como eletroneuromiografia e biópsias de nervo ou de pele).
Qual é o tratamento para neuropatia periférica?
O tratamento depende da causa subjacente e pode envolver:
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Controle rigoroso de condições crônicas (como diabetes);
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Medicamentos para aliviar a dor (como analgésicos, antidepressivos, anticonvulsivantes);
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Fisioterapia para fortalecer os músculos e melhorar a coordenação;
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Suplementação vitamínica, se houver deficiência;
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Adoção de um estilo de vida saudável (evitando o consumo de álcool e mantendo uma dieta equilibrada, por exemplo);
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Tratamento específico para as causas subjacentes (como doenças autoimunes, doenças genéticas e doenças infecciosas).
Medicamentos
Entre os medicamentos utilizados para tratar a neuropatia periférica, estão:
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Antidepressivos tricíclicos: alteram a maneira como o cérebro e a medula espinhal processam a dor;
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Anticonvulsivantes: diminuem a excitabilidade dos neurônios, reduzindo a dor neuropática;
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Analgésicos: aliviam a dor (porém, os opiáceos geralmente são evitados devido ao risco de dependência);
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Tópicos: aplicados diretamente na pele com o intuito de aliviar a dor local.
É fundamental consultar um médico para avaliar individualmente os casos e prescrever as melhores alternativas para cada paciente.
Vitaminas
A suplementação é essencial em situações nas quais a neuropatia é causada por deficiências vitamínicas, como a falta de vitamina B12 – uma substância crucial para a saúde do sistema nervoso, e cuja falta pode levar a danos nos nervos.
Qual médico procurar?
A neurologia é a área da medicina dedicada ao estudo do sistema nervoso. Portanto, um médico neurologista é o mais adequado para diagnosticar e acompanhar quadros de neuropatia periférica.
O Hospital Nove de Julho conta com uma equipe de neurologistas altamente capacitados para avaliar pacientes, identificar as causas da neuropatia periférica e indicar a melhor abordagem terapêutica para cada situação — lembrando que até mesmo os casos que resultam de condições autoimunes ou genéticas, muitas vezes classificadas como raras, podem ser tratados e controlados.
O corpo clínico do hospital contempla ainda profissionais de outras especialidades (como endocrinologistas, reumatologistas, geneticistas, imunologistas e infectologistas) que, aliados aos neurologistas, podem oferecer tratamento não apenas dos sintomas das neuropatias periféricas, mas também das causas.
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